domingo, 21 de julho de 2013

Ela só Queria Casar (Marcelo Cezar)




Confesso que o que me fez ler esse livro foi a linda capa, a temática espirita e a seguinte pergunta que nos é feita “O que você faria se morresse no dia do seu casamento?”. Porém, quando Gláucia morre, ao invés de termos um livro onde a protagonista fica perto de seus parentes e tenta consertar as suas falhas, temos uma Gláucia fraca, que não consegue se livrar dos pensamentos ruins de Luciano e seguir em frente, e que quando recebe ajuda espiritual passa a "viver" para a espiritualidade dela e deixa a cargo de Magali e Débora a tarefa de apaziguar a ira de Luciano contra ela, quem rouba a cena no livro são Magali, Débora e Sarajane. Mas o livro, teoricamente, é sobre Gláucia...

Ela só queria casar em especial, traz reflexões muito importantes, principalmente sobre o perdão. A trama é bem desenvolvida, e a narrativa tem uma boa pegada e possui uma linguagem simples e rápida. Os capítulos são curtos, o que faz com que a leitura avance rapidamente. Por ser um livro relativamente curto por apresentar muitas histórias paralelas a da “menina que só queria casar”, tornou o desfecho de ambos atropelados, embora as histórias se entrelacem como toda a filosofia espirita, mas não custava prolongar um pouco e tentar contar melhor o drama de Sarajane, enfatizar e centrar a história de Gláucia.

Esse é o primeiro livro que leio do Marcelo Cezar e confesso que gostei de como ele conduz a sua história e como consegue entrelaçar as doutrinas espiritas com o seu romance sem forçar uma coisa didática, inclusive esse é o que mais me preocupa quando vou ler romances espiritas, já que não sou adepto, apenas acho lindo um romance com um que de sobrenatural.


Ela só queria casar é um ótimo livro para quem curte um romance do gênero, uma história delicada e emocionante, com personagens envolventes e dramas interessantes.
Super indico essa leitura.

O silêncio das Montanhas (Khaled Hosseini)




Escrever sobre o Livro “O silêncio das Montanhas” de Khaled Hosseini é um pouco contraditório, pois ao mesmo tempo em que amei a história dos irmãos Abdullah e Pari, acabei questionando o porquê do autor não focar mais neles enquanto protagonistas.

Uma coisa que não dar pra questionar é o dom da escrita e a tamanha sensibilidade de Hosseini em criar, descrever, ou narrar situações em seus livros. De antemão o livro já nos cativa desde as primeiras páginas quando o pai dos irmãos conta para eles uma linda fábula, que de certa forma serve de introdução para a história deles, já que as suas vidas acabam tomando rumo semelhante a essa narrativa. Mas o que, como leitor mais me decepcionou foi o fato de que no começo de todo novo capitulo fossemos empurrados a novos personagens e suas vidas, que só com o passar das páginas eram relacionados direto ou indiretamente a história principal, porém sempre havia um fato que ligava a vida de todos aqueles personagens em comum e que acabava mudando a vida de todos eles em determinado momento de suas vidas. Nessa história o drama dos irmãos é contado de forma solta e sem foco mais centrado, o que aos poucos acabou dispersando a minha atenção da história, pois estava torcendo pelo desenrolar dos fatos e ficava sem saber de nada por alguns capítulos.

Desde que li “O caçador de pipas e A cidade sol” me apaixonei pelo estilo que ele escreve. São histórias tocantes, fortes e cheias de emoções e com “O silêncio das Montanhas” não é diferente, este é um livro que nos faz entrar em um jogo interessante de emoções e arrebatamento, pois este é um livro misto de histórias de personagens que se entrelaçam na mesma história e estes, são personagens, que como nós, têm que fazer escolhas na vida e arcar com as consequências de suas escolhas.

PS. Só quem ler o livro vai entender mesmo. Fiquei encantado com a história de amizade desses irmãos, queria apenas um lapso de memória em ambos para que toda a perda, covardia e frustração fossem compensadas.

Sob a Redoma (Stephen King)




Foram exatamente 21 dias imerso com toda a inacreditável história da pequena cidade Chester’s Mill e sua inexplicável redoma. Entre viagens, o intenso São João e São Pedro. Chega ao fim mais uma prazerosa leitura de um livro que muito me surpreendeu.

Sob a Redoma tem como base o aparecimento de uma inexplicável barreira que isola a cidade e seus moradores do resto do mundo, Sua construção é desconhecida e várias são as teorias para o seu inexplicável aparecimento: Uma experiência secreta do governo, Terrorismo, Alienígenas, Ira Divina. Confesso que nesse ponto a justificativa escolhida por King para explicar o surgimento da redoma foi a mais fraca das teorias que conspirei para a trama, mas nada que empobreça o desenvolvimento anterior, já que esse é um dos acontecimentos finais no livro e pouco explorado, já que ele podia muito bem esticar mais algumas páginas para desenvolver esse ponto, o livro já é longo mesmo o que seria mais um capitulo.

Mas o livro não foca apenas na redoma e seus mistérios, ele levanta inúmeros pontos, O que vai acontecer com a cidade nesse tempo de confinamento, o psicológico de seus moradores e o meio ambiente da cidade. O autor se prendeu quase todo o livro no teor psicológico de sua criação e acabou deixando o meio ambiente dentro da redoma em segundo plano, só após uma grande catástrofe é que o clima ganha o seu devido destaque, a meu ver ficaria muito mais interessante lançar mão desse elemento com uma curta passagem de tempo e focar na sobrevivência de seus inúmeros personagens com os poucos recursos disponíveis ali dentro e não apenas focando a ditadura desenfreada de um político tirano.


A narrativa possui um ritmo intenso e popular, o que a torna fácil de entender e conseguir associar ao decorrer das páginas os inúmeros personagens (essa era uma das minhas preocupações quando comecei a ler, esquecer alguns deles pelo caminho ou com o passar dos capítulos, simplesmente esquecer da existência de algum dos personagens que mais tarde seria essenciais) , King não foca especificamente em ninguém, claro que Dale Bárbara e Big Jim são os principais e são eles que roubam a cena, mas outros personagens acabam nos cativando como é o caso do Ollie, a sua história de perda e sobrevivência e tão grande que não tem como não se sensibilizar e ser cultivado com a improvável amizade do garoto das vacas e o soldado, acabei até torcendo por um romance entre eles e não apenas em uma amizade (sem falar que esse resgate roubou toda a minha atenção no final do livro). Ainda tem Junior e sua encantadora e maníaca Psicose, não possui nenhum senso do certo e errado, sua meta é sempre em beneficio próprio. Julia Shumway é uma heróica jornalista e Joe Espantalho o garoto nerd e possível salvador da pátria.


Sob a Redoma é uma obra prima, possui uma profundidade implícita nas questões levantadas, toda a idealização de bem e mal é colocada em jogo, o que impera é o instinto de sobrevivência. Até onde somos capazes de chegar e quais são os limites para nossas ações?
Antes de terminar, três motivos que me incomodou ao decorrer dessa leitura e que já deixei transparecer ao decorrer dessa resenha, foram as seguintes: A explicação sobre a causa do surgimento Redoma, entre tantas opções a usada e pouco explicada foi decepcionante, não tanto pelo fato do como, mas pela falta de desenvolvimento da teoria. O segundo ponto foi o final do vilão da história, torcia para Big Jim ter um final mais horroroso, macabro e doloroso e não apenas mediano, ficou a sensação de que o autor não pensou em um final para o seu grande vilão. O terceiro ponto é, poderia ter uma passagem de tempo para que as mudanças climáticas e o particular efeito estufa dentro da redoma pudesse virar um personagem principal dentro da história e não apenas mero coadjuvante no final da história. O final pareceu meio fora do contexto geral do livro, mas nada que atrapalhe a qualidade dessa brilhante obra que é Sob a Redoma, apesar de ser a primeira história de Stephen King, amei a sua genialidade e estou curioso pra ler logo outro de seus livros.

A Menina Que Não Sabia Ler (John Harding)


A Menina Que Não Sabia Ler despertou o meu interesse, primeiramente, pelo nome e pela capa que achei bem criativa e bonita, e depois pela sinopse.

Literalmente li esse livro em uma maratona de um fim de semana. Essa aparentemente inocente história que aos poucos vai se revelando um Thriller psicológico interessante me cativou. Quando comecei a ler me encantei por ser narrativa em primeira pessoa, sou apaixonado por isso, a história é totalmente envolvente no início, não dá vontade de parar de ler, então você vai lendo e um pouco do encanto vai se perdendo, fica difícil saber o que é a imaginação da Florence ou o que é real. Pontos negativos existem e algumas perguntas acabam ficando sem respostas, na verdade são esses pontos soltos e as duvidas que ficam pairando que torna essa história interessante e acaba dando um toque especial ao livro, embora ainda pense que algumas coisas deveriam ter sido melhores explicadas. Fora isso, o livro é bem escrito. Porém pensando por outro lado gosto de livros que me faça usar a imaginação e dessa forma envolver o leitor em suas tramas e dessa forma, facilmente podemos encontrar respostas para isso tudo. Pode ser que a intenção do autor realmente tenha sido essa; Deixar esses pontos pendentes para o leitor ligá-los. No final fica simplesmente a sensação de que o que foi tudo isso?


Confesso que fiquei um pouco dependente da mente confusa e das ações que florence acaba tomado posse pra resolver uma situação extrema e por fim ela acaba não conseguindo distinguir a realidade de sua fértil imaginação. Para quem gosta de leitura fantasiosa, drama e de leituras que mexem com o sistema nervoso é um ótimo livro.
No final se você ficou com a sensação se gosta ou não da Florence, não sabe quem é mal ou bom, sobram milhões de dúvidas. Afinal, quem é essa Srta. Taylor? Foi tudo imaginação da Florence? Florence é psicótica?. Tenha certeza assim como eu você definitivamente amou “A menina que não sabia ler”, pois o livro é bom por causa disso. E eu acho que isso foi exatamente uma estratégia do autor ao escreve-lo.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A Culpa é das Estrelas (John Green)




A culpa é das estrelas é uma história que classifiquei como Tragicômica você ri com os olhos e chora com os lábios.
Esse livro cativa e emociona desde as primeiras páginas e ao decorrer dos capítulos você se descobre parte daquela família e amigos. O mais interessante desse livro é ver uma realidade triste de uma forma positiva, Os dois personagens principais fazem piadas sobre suas doenças, ambos sofrem de diferentes tipos de câncer e dividem as suas vitórias e perdas com o grupo de apoio para portadores de câncer. Hazel encara sua doença positivamente, apesar de ter seus medos e Augustus é ainda mais positivo que ela, eles tentam aliviar o peso das dificuldades, deixando tudo mais leve. A Culpa é das Estrelas é um livro carregado de sarcasmo, cheio de pensamentos maravilhosos. Identifiquei-me muito com a personagem e sei que eu não sou a única pessoa no mundo a falar isso. A maneira de Hazel pensar e agir são um dos fatores que me fez adorá-la mais. Fiquei imaginando mil finais, não vou contar, mas amei como John Green deu um ponto final para a história.

Uma observação interessante é sobre “A Aflição Imperial” o livro preferido de Hazel e influenciado por ela Augustus acaba lendo e gostando e a partir dai cria uma verdadeira procura épica pelo enigma desse livro que conta a história de uma garota que vivia uma situação parecida com a sua, O porquê de Anna ( a menina do livro paralelo) ter a sua vida interrompida bem no meio de uma frase, então o livro acaba, então, juntos, Hazel e Gus voam até Amsterdã para se encontrarem com o escritor do livro e acabarem com essa angustia eterna de saber o destino dos personagens. É nesse ponto que o romance dos dois, ganha vida e o livro agilidade.

Esse é o primeiro livro de John Green que leio, mas com toda a certeza ele já é um dos meus autores preferidos e inclusive já estão na minha lista de livros que lerei “O Teorema de Katherine” também dele. Pra quem gosta de um lindo romance, atual e antenado vale apena se deliciar com essa história.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Garota Exemplar (Gillian Flynn)


Está super em alta odiar - amar alguma coisa. Essa frase em suma resume a minha opinião sobre o livro “Garota Exemplar” de Gillian Flynn, O livro começa de forma meio estranha, é narrado em primeira pessoa e os capítulos se intercalam sob os pontos de vista de Nick e Amy. 

Na primeira parte do livro eu me senti preso numa armadilha, pois não sabia em quem acreditar. Frases de duplo sentido causavam suspeitas, algumas ações dos personagens pareciam inocentes demais ou exalavam malícia. Um dos pontos que não funcionou quando eu o estava lendo e que acabou tornando cansativa a leitura, foi à narração da história em dois pontos de vista distintos e em tempo dessincronizado, mas vai ganhando movimentação e ritmo ao longo da leitura e quando a narração de ambos se encontra em um tempo sincronizado a história funciona mais fácil. Pra ser franco apenas a partir da página de numero 168, quando entra na história “a amante” é quando a historia começa adquirir fôlego e as investigações policiais ficam interessantes e a verdadeira face de Amy vai sendo exposta através das inúmeras armadilhas criadas para incriminar Nick. A “Garota Exemplar” acabou me conquistando quando toma ares de um thriller de suspense ardiloso, psicológicamente doentio. De um lado, temos um thriller de suspense, cujo foco é o desaparecimento de Amy. Do outro, acompanhamos as nuances de um casamento, as dificuldades do cotidiano, a convivência que descortina nosso verdadeiro “eu” aos olhos do companheiro, as pequenas mentiras e frustrações. Amo thrillers psicológicos e a autora me surpreendeu criando personagens tão complexos e palpáveis. 

A escrita dela é espetacular e apaixonante. Poderia ficar horas só analisando ambos e refletindo sobre as atitudes e sentimentos deles. O final do livro só revela o quanto Amy podia ser ardilosa, a mulher estava sempre três passos à frente de qualquer pessoa, seguia sempre do principio, paciência, calma e planejamento. Fiquei decepcionado com o final do livro, acho que é o final que nenhum leitor queria, já que temos uma grande tendência a tomar partido, no meu caso quando cheguei na terceira parte do livro querendo muito que Nick conseguisse superar Amy e fazer ela se ferrar pelo menos uma vez na vida, porque ninguém pode ser tão perfeita e gênio como ela, fazer um monte de barbaridades e sair ilesa... Mas Amy consegue, consegue tudo que quis e planejou. Dá raiva, mas não tem como não admirá-la. Como eu gostaria que a passagem em que Nick diz que seu maior desejo era coloca-la atrás das grades com visitas periódicas suas fosse o final dessa história, sou do time dos que queria ver seu triunfo, mas me deparei com um casal totalmente dependente da loucura um do outro. Mesmo com todos os defeitos, armações, mentiras, e tantas coisas ruins que envolvem esse casamento, eles não conseguem se imaginar longe um do outro, como diz Go (irmã de nick) em uma passagem, eles não consegue largar a dependência de “o casal explosivo” um tentando aniquilar o outro. Enfim odiei amar a Garota Exemplar e indico a quem queira tentar decifrar o enigma “Quem estará falando a verdade?”.

terça-feira, 16 de abril de 2013

TRILOGIA ESPIRITA: Baseada na história da família Sales de Albuquerque e da escrava Tonha (Mônica de Castro)



Resumo retirado do terceiro livro da série "Lembranças que o Vento Traz" que resume praticamente toda a beleza dessa história.

SENTINDO NA PRÓPRIA PELE
Aos noventa e sete anos, Tonha presencia a abolição da escravatura e se recusa a deixar a fazenda onde viveu a sua vida quase toda. Chamados a intervir, Clarissa e Luciano, os jovens filhos do senhor daquelas terras, não conseguem persuadi-la a partir. A muito custo, Clarissa convence o pai a deixar Tonha ficar num pequeno quartinho, onde ela narra a sua história...
No início do século dezenove, Tonha vem da África num navio negreiro para servir de presente de aniversário para a filha de um rico fazendeiro. Vendida pelo chefe de sua tribo, é arrancada dos braços de sua mãe e arrastada à força, até que chega ao Brasil, e, após breves ensinamentos, está pronta para ser apresentada a Aline, sua nova dona. Aline, a criança branca e rica, com o tempo se afeiçoa a Tonha e passa a questionar as atitudes do pai, contrapondo-se à forma como ele trata os escravos. As duas meninas crescem juntas, Tonha sempre sob a proteção de Aline, até que conhecem dois rapazes, Inácio e Cirilo, por quem se apaixonam. Aline e Cirilo logo ficam noivos, enquanto Tonha é obrigada a viver um romance oculto com Inácio. A partir daí, os acontecimentos se sucedem, e Tonha passa a sentir na própria pele o mesmo tipo de tratamento que infligira aos mais humildes quando era Cláudia, uma moça rica e fútil, que, em outra vida, desprezara os verdadeiros valores do espírito. Até que os destinos se entrelaçam e a vida cuida de mostrar a cada um o valor do respeito e do perdão.

COM O AMOR NÃO SE BRINCA
Tonha, agora uma senhora de idade, continua a serviço da mesma família, mas é
obrigada a suportar a antipatia de Palmira, mãe dos gêmeos Fausto e Rodolfo. Idênticos fisicamente, os gêmeos, porém, se diferenciam em temperamento. Enquanto Fausto é íntegro e honesto, Rodolfo é invejoso e ardiloso, e trama para forçar um envolvimento com Júlia, noiva de seu irmão, provocando neste desmesurado ciúme.
Mas o destino lhes reserva outros caminhos, e Rodolfo acaba conhecendo Marta, filha do capataz da fazenda, que se apaixona por ele e tudo fará para conquistar-lhe o coração. Ao mesmo tempo, outros personagens vão surgindo, como Camila, filha de Palmira, e seus filhos, Dário e Túlio, este envolvido nos prazeres e no crime. Ao mesmo tempo, na fazenda vizinha, uma família de judeus sofre com o preconceito e a enfermidade da única filha, acometida de tuberculose. Mas o mundo espiritual traça para eles planos bem maiores, e a ajuda vem na forma de um padre conhecedor das coisas ocultas, e de Marta, médium de cura que auxilia na recuperação da enferma. Muitas intrigas e mentiras surgem no decorrer da história, enquanto a vida vai colocando Fausto e Rodolfo diante de situações que os chamam a vivenciar e vencer seus sentimentos mais difíceis. Para Rodolfo, o ódio. Para Fausto, o ciúme.

LEMBRANÇAS QUE O VENTO TRAZ
Este é o final da trilogia que se iniciou com o livro Sentindo na Própria Pele, passando por Com o Amor Não se Brinca até chegar a este, Lembranças que o Vento Traz que encerra a história da família Sales de Albuquerque e da escrava Tonha, que a ela se ligou por laços de amor e ódio do passado. A seqüência dos acontecimentos, iniciados há 200 anos, termina em Cabo Frio, terra natal de meu avô Edmundo, que apresentou as personagens reais, em espírito, ao Leonel, para que ele trouxesse a sua história como exemplo para todos nós. Mas a história não é dele nem foi ele quem a viveu. Suas personagens são pessoas que ele um dia conheceu, embora não tenha tido uma convivência mais próxima com nenhuma delas. Eram coisas de cidade pequena, no final do século XIX, onde todo mundo se conhecia, ao menos, de nome ou de ouvir falar.
Segundo me disse meu avô, são uma família como tantas outras, mas cujas verdades desconhecemos. Ninguém nunca soube do drama que se desenrolou naquela casa, e para os habitantes da cidade, eram apenas pessoas que viviam ali, meio afastadas de tudo e de todos. Pessoas quietas e sem importância, que não despertavam a atenção de ninguém. Mas a morte do corpo desperta essas verdades, e é aí que vemos que elas jamais serão sem importância.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Trilogia "Cinquenta Tons" (E L James)




Até que enfim acabei de ler a trilogia “Cinqüenta Tons de Cinza”, a frase inicial uso em tom de alivio, já que apenas gostei de dois pontos do livro em primeiro lugar o perfil psicológico do Christian Grey, que por sinal muito pouco explorado e em segundo lugar as capas dos livros que simplesmente amei básicas e criativas, captando o assunto abordado em cada livro. Perguntam-me se não gostei então porque não parei no primeiro livro. A resposta é quando termina o primeiro livro “Cinqüenta tons de cinza” fica aquele suspense com gostinho de quero mais e quando embarquei no “ Cinqüenta Tons mais escuros” em que a personalidade do personagem começa a ser abordada mais afundo, ficamos então curioso a cada pagina lida, com o passar das páginas se torna cansativo, então é quando chega “Cinqüenta Tons de Liberdade” e passo a me questionar se já cheguei até aqui por quê não perder um pouco mais de tempo.
Li e odiei, acho muito ibope pra uma estória tão mal estruturada e situações repetitivas. Pulei inúmeras páginas quando o sexo se tornou apenas tema central, pois eram inúmeras páginas sobre uma fraca transa sadomasoquista. Cheia de momentos piegas e irritantes, diálogos retardados e zero a acrescentar a qualquer pessoa. em muitos momentos pensei em abandonar os livros da série, mas os dramas do Grey conseguiram me segurar, dramas esses que não me conquistaram.


domingo, 6 de fevereiro de 2011

Caldas do Jorro

Caldas do jorro é uma cidade que se tornou turística, pois possui uma água com temperatura muito elevada são 48° de temperatura. Situada no Município de Tucano no estado da Bahia suas águas são conhecidas pelo valor medicinal que gera significativo fluxo turístico. Limpa, abundante, com grande pressão e desprendimento de gases espontâneos, suas águas emergem de uma profundidade de 1.861,42 metros.




Localizada próximo aos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco, ficam próximas as seguintes cidades baianas: Paulo Afonso, Feira de Santana e Senhor do Bonfim. A cidade é famosa também pelo artesanato que vão desde os feitos em couro, madeira e sisal e na culinária se destaca pela famosa carne de bode. E a farra ainda pode continuar no distrito de Jorrinho que fica nas proximidades.







Caldas do Jorro conta com praças, Parque das Águas com instalações de banho termal a uma temperatura de 48°C, duas piscinas com tuboàgua, quadras, camping, vasta área verde, um mercado de artesanato etc.






Existem também vários bares e restaurantes ao redor da Praça Ana Oliveira, onde estão as bicas de água termal. Lá, você pode deliciar-se com a culinária da região, baseada principalmente no bode e carneiro assados, ensopados, carne assada na brasa e buchada. Muitos hotéis e pousadas estão em volta da praça principal.



História sobre suas Propriedades terapêuticas:

As análises físico-químicas foram iniciadas no local do poço com transporte de amostra para a sede do L.P.M., em cuja seção de Hidrografia do Ministério da Minas e Energia, foi completada a
análise quimica nada foi revelado além dos elementos já dosados e pesquisados. Com propriedades terapeuticas bastante conhecida e comprovadas, as aáguas de Calda do Jorro, tem grande poder curativo e são indicadas no caso de doenças alérgicas, dermatoses, gastro intestinais, dispepsias, gastrites, colites, prisão de ventre, doenças do fígado e dos rins, manifestações úricas, acne, furunculose e parasitosas da pele. assim sendo considerada por muitos como a melhor fonte de água do Brasil.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

As Crônicas de Nárnia

Com refêrencias claras a biblia, desde a criação do mundo até o apocalipse As crônicas de Nárnia é uma imocionante fábula com histórias, personagems e paisagens tão bem elaborados que só nos resta viajar por cada uma daquelas aventuras.

O mundo de Nárnia é paralelo ao nosso e pode ser acessado de qualquer lugar ou momento, de maneira imprevisível. Ele tem formato plano, o céu é uma grande cúpula e é banhado por um oceano, que segue até a borda desse mundo, no País de Aslam.

Nárnia também é o nome do principal país desse mundo, seu território vai do Ermo do Lampião, onde Lúcia encontrou-se com o Sr. Tumnus (em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa), até o Palácio de Cair Paravel, na Foz do Grande Rio, onde foram coroados como reis os irmãos Pevensie.

Ao norte de Nárnia, do outro lado do rio Ruidoso, existe uma região habitada por gigantes. Antes havia uma cidade, mas foi destruída, permanecendo apenas o castelo de Harfang. Ao sul de Nárnia está localizada a Arquelândia, um país irmão cujos habitantes são descendentes do primeiro rei de Nárnia, o rei Franco. Logo abaixo, separado por um imenso deserto, fica a Calormânia. Sua capital, Tashbaan, é instalada em uma ilha no litoral. A população deste país possui características próximas aos povos árabes. Existe também, abaixo de Nárnia, um grupo de cavernas que compõem o Reino Profundo e, mais abaixo, um país chamado Bismo.

No oceano do mundo de Nárnia existem diversas ilhas que foram descobertas por Caspian X na viagem com o navio Peregrino da Alvorada. Ao chegar ao extremo, a água do mar torna-se doce e depois um tapete de lírios, até chegar ao País de Aslam, que é uma referência ao Céu – destino final do homem, segundo a fé de Lewis.

O mundo de Nárnia foi criado pelo próprio Aslam e narrado no livro O Sobrinho do Mago. Alguns elementos e personagens são incluídos de forma “acidental”, como o lampião quebrado trazido de Londres por Jadis que brotou um novo e deu nome ao local de Ermo do Lampião. Aslam institui durante a criação que Nárnia deveria ser governada por humanos, chamados Filhos de Adão e Filhas de Eva. Os primeiros reis, trazidos do nosso mundo para Nárnia, foram o rei Franco e a rainha Helena. Sua geração reinou por pouco tempo, devido à conquista da Feiticeira Branca, que dominou o país por 100 anos. Os irmãos Pevensie venceram Jadis, mas governaram por poucas décadas e voltaram para Londres. Durante sua ausência, o país foi invadido pelos telmarinos (descendentes de piratas do nosso mundo), eles tentaram destruir o povo narniano, porém não conseguiram – os poucos sobreviventes se esconderam na floresta. O primeiro rei telmarino foi Caspian I e sua estirpe seguiu até Caspian IX. Após a morte dele e depois de sua esposa, devido à pouca idade do príncipe, seu irmão Miraz usurpou da coroa, mas foi restituída pelo próprio príncipe com a ajuda dos irmãos Pevensie e dos narnianos. Caspian X participou de três histórias da série. Sua geração seguiu até o último rei de Nárnia, Tirian.

Para a cronologia desse mundo fantástico, Lewis adaptou o conceito de temporalidade descrito na Bíblia em 2 Pedro 3,8: “um dia para o Senhor é como mil anos e mil anos como um dia”, de forma que os anos em Nárnia são passados de forma independente ao nosso mundo. A Criação aconteceu no ano 1, no nosso mundo era o ano de 1.888. No último ano de Nárnia, em 2.555, aqui era 1.949. Ou seja, enquanto se passaram 61 anos em nosso mundo, Nárnia viveu 2.555. E não existe um cálculo exato de proporções, já que, por exemplo, os irmãos Pevensie reinaram por anos em Nárnia e quando voltam do guarda-roupa estavam no mesmo momento que entraram.

Em Nárnia até as rochas e estrelas são criaturas vivas. Quando Aslam criou esse mundo, deu inteligência e capacidade de falar a diversas espécies de animais, o que os colocou em uma condição especial em relação aos outros animais. Uma diversidade de criaturas das mitologias grega, nórdica e medieval foram incluídas, como os faunos, dríades, centauros, anões e monópodes. Lewis foi ousado ao incluir também em Nárnia a figura moderna do Papai Noel. Além disso, criou personagens exclusivos, como o terrível deus Tash, venerado pelos calormanos.

Existiram duas feiticeiras que assolaram Nárnia: Jadis, a Feiticeira Branca; e a rainha do Submundo, a Dama do Vestido Verde. A primeira era imperatriz de um outro mundo e foi trazida, acidentalmente, por duas crianças da Terra durante a Criação, em O Sobrinho do Mago. Ela ficou escondida no norte do país até voltar mais forte e vencer os narnianos, governando e castigando Nárnia com um inverno rigoroso de 100 anos. Com a ajuda dos irmãos Pevensie, em O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa, o país foi restituído e Aslam destruiu a Feiticeira. Em A Cadeira de Prata aparece a Dama do Vestido Verde, que tenta conquistar Nárnia capturando o filho de Caspian X, príncipe Rilian. Não há uma explicação sobre sua origem, já que feiticeiras não são originárias de Nárnia. O palpite de alguns estudiosos, baseados nas características da personagem, é de que seria a mesma feiticeira Jadis, porém Lewis nunca registrou algo sobre isso. Baseados nesse palpite, a adaptação da série para televisão realizada pela BBC, colocou a mesma atriz, Barbara Kellerman, no papel das duas feiticeiras. É possível que o mesmo seja feito na adaptação aos cinemas, que foi evidenciado na cena onde Caspian invoca Jadis – trecho inexistente nos livros.

Fonte: Manual da Viagem do Peregrino da Alvorada, Sérgio Fernandes