quinta-feira, 23 de maio de 2013

A Culpa é das Estrelas (John Green)




A culpa é das estrelas é uma história que classifiquei como Tragicômica você ri com os olhos e chora com os lábios.
Esse livro cativa e emociona desde as primeiras páginas e ao decorrer dos capítulos você se descobre parte daquela família e amigos. O mais interessante desse livro é ver uma realidade triste de uma forma positiva, Os dois personagens principais fazem piadas sobre suas doenças, ambos sofrem de diferentes tipos de câncer e dividem as suas vitórias e perdas com o grupo de apoio para portadores de câncer. Hazel encara sua doença positivamente, apesar de ter seus medos e Augustus é ainda mais positivo que ela, eles tentam aliviar o peso das dificuldades, deixando tudo mais leve. A Culpa é das Estrelas é um livro carregado de sarcasmo, cheio de pensamentos maravilhosos. Identifiquei-me muito com a personagem e sei que eu não sou a única pessoa no mundo a falar isso. A maneira de Hazel pensar e agir são um dos fatores que me fez adorá-la mais. Fiquei imaginando mil finais, não vou contar, mas amei como John Green deu um ponto final para a história.

Uma observação interessante é sobre “A Aflição Imperial” o livro preferido de Hazel e influenciado por ela Augustus acaba lendo e gostando e a partir dai cria uma verdadeira procura épica pelo enigma desse livro que conta a história de uma garota que vivia uma situação parecida com a sua, O porquê de Anna ( a menina do livro paralelo) ter a sua vida interrompida bem no meio de uma frase, então o livro acaba, então, juntos, Hazel e Gus voam até Amsterdã para se encontrarem com o escritor do livro e acabarem com essa angustia eterna de saber o destino dos personagens. É nesse ponto que o romance dos dois, ganha vida e o livro agilidade.

Esse é o primeiro livro de John Green que leio, mas com toda a certeza ele já é um dos meus autores preferidos e inclusive já estão na minha lista de livros que lerei “O Teorema de Katherine” também dele. Pra quem gosta de um lindo romance, atual e antenado vale apena se deliciar com essa história.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Garota Exemplar (Gillian Flynn)


Está super em alta odiar - amar alguma coisa. Essa frase em suma resume a minha opinião sobre o livro “Garota Exemplar” de Gillian Flynn, O livro começa de forma meio estranha, é narrado em primeira pessoa e os capítulos se intercalam sob os pontos de vista de Nick e Amy. 

Na primeira parte do livro eu me senti preso numa armadilha, pois não sabia em quem acreditar. Frases de duplo sentido causavam suspeitas, algumas ações dos personagens pareciam inocentes demais ou exalavam malícia. Um dos pontos que não funcionou quando eu o estava lendo e que acabou tornando cansativa a leitura, foi à narração da história em dois pontos de vista distintos e em tempo dessincronizado, mas vai ganhando movimentação e ritmo ao longo da leitura e quando a narração de ambos se encontra em um tempo sincronizado a história funciona mais fácil. Pra ser franco apenas a partir da página de numero 168, quando entra na história “a amante” é quando a historia começa adquirir fôlego e as investigações policiais ficam interessantes e a verdadeira face de Amy vai sendo exposta através das inúmeras armadilhas criadas para incriminar Nick. A “Garota Exemplar” acabou me conquistando quando toma ares de um thriller de suspense ardiloso, psicológicamente doentio. De um lado, temos um thriller de suspense, cujo foco é o desaparecimento de Amy. Do outro, acompanhamos as nuances de um casamento, as dificuldades do cotidiano, a convivência que descortina nosso verdadeiro “eu” aos olhos do companheiro, as pequenas mentiras e frustrações. Amo thrillers psicológicos e a autora me surpreendeu criando personagens tão complexos e palpáveis. 

A escrita dela é espetacular e apaixonante. Poderia ficar horas só analisando ambos e refletindo sobre as atitudes e sentimentos deles. O final do livro só revela o quanto Amy podia ser ardilosa, a mulher estava sempre três passos à frente de qualquer pessoa, seguia sempre do principio, paciência, calma e planejamento. Fiquei decepcionado com o final do livro, acho que é o final que nenhum leitor queria, já que temos uma grande tendência a tomar partido, no meu caso quando cheguei na terceira parte do livro querendo muito que Nick conseguisse superar Amy e fazer ela se ferrar pelo menos uma vez na vida, porque ninguém pode ser tão perfeita e gênio como ela, fazer um monte de barbaridades e sair ilesa... Mas Amy consegue, consegue tudo que quis e planejou. Dá raiva, mas não tem como não admirá-la. Como eu gostaria que a passagem em que Nick diz que seu maior desejo era coloca-la atrás das grades com visitas periódicas suas fosse o final dessa história, sou do time dos que queria ver seu triunfo, mas me deparei com um casal totalmente dependente da loucura um do outro. Mesmo com todos os defeitos, armações, mentiras, e tantas coisas ruins que envolvem esse casamento, eles não conseguem se imaginar longe um do outro, como diz Go (irmã de nick) em uma passagem, eles não consegue largar a dependência de “o casal explosivo” um tentando aniquilar o outro. Enfim odiei amar a Garota Exemplar e indico a quem queira tentar decifrar o enigma “Quem estará falando a verdade?”.