domingo, 21 de julho de 2013

O silêncio das Montanhas (Khaled Hosseini)




Escrever sobre o Livro “O silêncio das Montanhas” de Khaled Hosseini é um pouco contraditório, pois ao mesmo tempo em que amei a história dos irmãos Abdullah e Pari, acabei questionando o porquê do autor não focar mais neles enquanto protagonistas.

Uma coisa que não dar pra questionar é o dom da escrita e a tamanha sensibilidade de Hosseini em criar, descrever, ou narrar situações em seus livros. De antemão o livro já nos cativa desde as primeiras páginas quando o pai dos irmãos conta para eles uma linda fábula, que de certa forma serve de introdução para a história deles, já que as suas vidas acabam tomando rumo semelhante a essa narrativa. Mas o que, como leitor mais me decepcionou foi o fato de que no começo de todo novo capitulo fossemos empurrados a novos personagens e suas vidas, que só com o passar das páginas eram relacionados direto ou indiretamente a história principal, porém sempre havia um fato que ligava a vida de todos aqueles personagens em comum e que acabava mudando a vida de todos eles em determinado momento de suas vidas. Nessa história o drama dos irmãos é contado de forma solta e sem foco mais centrado, o que aos poucos acabou dispersando a minha atenção da história, pois estava torcendo pelo desenrolar dos fatos e ficava sem saber de nada por alguns capítulos.

Desde que li “O caçador de pipas e A cidade sol” me apaixonei pelo estilo que ele escreve. São histórias tocantes, fortes e cheias de emoções e com “O silêncio das Montanhas” não é diferente, este é um livro que nos faz entrar em um jogo interessante de emoções e arrebatamento, pois este é um livro misto de histórias de personagens que se entrelaçam na mesma história e estes, são personagens, que como nós, têm que fazer escolhas na vida e arcar com as consequências de suas escolhas.

PS. Só quem ler o livro vai entender mesmo. Fiquei encantado com a história de amizade desses irmãos, queria apenas um lapso de memória em ambos para que toda a perda, covardia e frustração fossem compensadas.

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